Artistas do Hip Hop cada vez mais misturam o rap com outros ritmos da música negra. Ataque Beliz e Linha Dura são exemplos dessa nova vertente no rap nacional. Quem também esta inovando o rap no Brasil é o Renegado, rapper de Belo Horizonte que lança seu primeiro disco no próximo dia 15 em São Paulo, passando por Rio de Janeiro e depois Minas Gerais.
O swing consciente define o trabalho do artista, que em “Do Oiapoque a Nova York”, reúne treze músicas nas quais mostra desenvoltura ao transitar livremente por vários estilos derrubando fronteiras e misturando o rap com ritmos brasileiros e latino-americanos. O disco traz também a denuncia social, uma das características do rap, e ao mesmo tempo em que coloca o publico para dançar.
Coisa rara dentro do mundo hip hop, Renegado também é instrumentista e utiliza o violão em meio às batidas eletrônicas do raggamuffin (vertente do reggae) e do próprio rap, fazendo com que o disco adquira uma musicalidade rica e diversificada, indo além do que é feito no rap tradicional.
Sobre o Renegado
Renegado é um rapper mineiro nascido e criado na favela Alto Vera Cruz, na cidade de Belo Horizonte. Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais. Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba. Posteriormente, o NUC tornou-se
uma ONG, presidida por Renegado, que desenvolve trabalhos sócio-culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens doAlto Vera Cruz.
A partir de 2006, após o convite da produtora Danusa Carvalho para se apresentar no projeto Stereoteca (stereoteca.com.br), Renegado passou a se dedicar à carreira solo e desde então vem acumulando uma bagagem de shows e participações em apresentações de outros artistas. Em sua carreira solo Renegado investe na incorporação de outras referências musicais como reggae, maracatu, música cubana, samba além de outras influências da cultura típica brasileira e de tradições regionais, sem, no entanto, abandonar características do tradicional rap norte-americano e o apelo social do rap brasileiro.
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